Psoríase: Muito Além da Pele - Como o Exercício Pode Ajudar na Inflamação Sistêmica


A psoríase é muito mais do que uma doença de pele. Ela é uma condição inflamatória crônica e sistêmica, afetando diversos órgãos e sistemas do corpo. O fator central dessa doença é uma disfunção do sistema imunológico, que leva a um estado inflamatório persistente. Vamos entender como essa inflamação afeta diferentes partes do corpo e como a prática de exercícios pode ser um grande aliado na redução dos impactos da doença.


1. Inflamação Sistêmica: O Efeito Cascata

A psoríase é mediada por células do sistema imunológico, principalmente as células T, que liberam substâncias inflamatórias (citocinas), como o TNF-alfa, IL-17 e IL-23. Essa inflamação não fica restrita à pele e pode afetar diversos órgãos, contribuindo para o agravamento de outras condições de saúde.

Como o Exercício Ajuda?
O exercício físico moderado reduz os níveis dessas citocinas inflamatórias, promovendo uma regulação imunológica e diminuindo a inflamação crônica. Um profissional de educação física pode ajustar o treino para otimizar esses benefícios e evitar estresse excessivo ao organismo.

2. Risco de Doenças Cardiovasculares: O Coração Também Sofre

A inflamação sistêmica da psoríase contribui para o desenvolvimento de aterosclerose, aumentando o risco de infarto e AVC. Além disso, está associada à síndrome metabólica, caracterizada por hipertensão, altos níveis de colesterol e resistência à insulina.

Exercício como Protetor Cardíaco
A prática regular de exercícios aeróbicos e de força melhora a saúde do coração, reduzindo a pressão arterial, melhorando os níveis de colesterol e aumentando a sensibilidade à insulina. Um profissional qualificado pode adaptar os treinos para maximizar esses efeitos.

3. Doenças Gastrointestinais: O Eixo Pele-Intestino

A psoríase está associada a doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa, devido à ativação imunológica excessiva.

Como o Exercício Beneficia o Intestino?
O movimento e a regularização hormonal induzidos pelo exercício ajudam a melhorar a microbiota intestinal, reduzindo a inflamação e o risco de disbiose.

4. Fígado e Doença Hepática

A psoríase pode estar ligada à esteatose hepática não alcoólica (gordura no fígado), aumentando o risco de fibrose hepática, principalmente em pacientes com síndrome metabólica.

Exercício e Fígado Saudável
A atividade física reduz a gordura hepática e melhora o metabolismo, ajudando a prevenir a progressão da doença.

5. Sistema Renal: O Perigo da Inflamação Persistente

Pacientes com psoríase apresentam maior risco de doença renal crônica devido à inflamação persistente e às complicações cardiovasculares associadas.

Proteção Renal com Exercícios
O treinamento supervisionado ajuda a manter a pressão arterial e o metabolismo sob controle, reduzindo o impacto negativo sobre os rins.

6. Comprometimento Pulmonar

A inflamação sistêmica pode afetar os pulmões, aumentando o risco de doenças como a fibrose pulmonar.

Exercício e Função Pulmonar
O fortalecimento cardiorrespiratório melhora a capacidade pulmonar, reduzindo a sensação de fadiga e melhorando a oxigenação do organismo.

7. Sistema Endócrino e Metabolismo

A psoríase está relacionada à resistência à insulina e ao diabetes tipo 2, agravando as complicações metabólicas.

Exercício como Regulador Metabólico
A prática de atividades físicas melhora a sensibilidade à insulina e reduz os níveis de glicose no sangue.

8. Inflamação Articular e Envolvimento Ósseo

Em alguns casos, a psoríase pode evoluir para artrite psoriásica, uma condição dolorosa que afeta as articulações.

Treinamento para Proteção das Articulações
O fortalecimento muscular protege as articulações e reduz a dor. Exercícios de baixo impacto supervisionados por um profissional são essenciais para evitar sobrecarga.

Considerações Finais

A psoríase vai muito além da pele, sendo uma doença inflamatória que afeta todo o organismo. Além dos tratamentos médicos, a prática regular de exercícios supervisionados é uma ferramenta poderosa para minimizar os impactos da doença, melhorar a qualidade de vida e reduzir riscos de complicações.

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Prof. Dr. Diego Augusto Nunes Rezende
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